INTERNET: DINÂMICAS DA SEGURANÇA PÚBLICA E INTERNACIONAL

Os trabalhos apresentados se relacionam com as pesquisas cuja temática envolve os estudos sobre a “Internet, dinâmicas da segurança pública e Internacional”. Foram apresentados no Grupo de Trabalho, no XXX Congresso Nacional do CONPEDI, em Fortaleza, no dia 17 de novembro de 2023 e renderam debates profundos e profícuos, valendo a leitura de cada linha e cada provocação que apresentam. Todos os temas apresentados, sob óticas distintas, deitam preocupação com a realidade que se impõe diante de todos, de vivermos diante de instrumentos tecnológicos fornecidos pela internet e as conexões que a rede proporcionou, com muitos efeitos positivos e, naturalmente, com outros que preocupam as sociedades modernas.

É necessário reconhecer que as relações pessoais, sociais, empresariais e públicas sofreram, nas últimas décadas, profundos impactos provenientes de sistemas e instrumentos tecnológicos e inovadores. E, tal movimento disruptivo contundia em curso como novas ferramentas surgindo a cada dia, a cada hora. A importância dos trabalhos apresentados é inegável na medida em que levantam questões relevantíssimas diante de novo e, em parte, desconhecido mundo em que vivemos.

Entre as pesquisas apresentadas, destaca-se a preocupação com a transparência ou a sua ausência, relativamente à inteligência artificial, cuja opacidade pode provocar impactos na segurança internacional, das relações entre Estados e Sociedades e produzir efeitos deletérios nos Direitos Humanos que exigem proteção especial nesse meio. Essa temática também rendeu outro trabalho, intitulado “O show de Truman e o fenômeno das fake news: A questão da regulamentação das redes sociais frente aos Direitos Fundamentais”. Isso demonstra que o tema, pela relevância, vem chamando a atenção dos pesquisadores. As fake News e as Redes Sociais, atraem olhares, tanto no que se refere à Ciência Jurídica, como também da Ciência da Informação.

Preocupações com os discursos do ódio também estão presentes, com pesquisa voltada à proposição de que a proibição de contas não autenticadas nas redes sociais pode servir como interessante ferramenta de regulação e de política pública para impedir desinformações, bem como evitar práticas abusivas.

A segurança dos dados que circulam nas redes também chama a atenção dos que pesquisam na área. Garantir que essas informações estejam protegidas efetivamente pode impedir que atos ilegais, crimes e mesmo comportamentos antidemocráticos sejam perpetrados nas redes e para além delas. Proteger dados e informações pessoais, sem dúvida impõe-se como medida absolutamente necessária.

Destaca-se também o trabalho que aborda a grande desigualdade que há entre aqueles que são submetidos a essa nova era digital, com potenciais prejuízos à democracia e liberdade de negociar livremente, com autonomia e compreensão efetiva das ferramentas tecnológicas, a permitir decisões e negócios livres e justos.

Os trabalhos são ricos e tratam com a devida profundidade questões de extrema importância teórica e prática da otimização das relações pessoais, negociais e profissionais no mundo que passa por constantes e abismais mudanças. Recomendamos, pois, vivamente, a leitura dos trabalhos.